segunda-feira, 18 de abril de 2016


Pessoas como nós
http://www.cagle.com/2015/09/immigration-flotsam/

No dia 5 de abril de 2016, eu e os meus colegas do 9º ano fomos assistir, na nossa escola, a uma sessão organizada pela Bloom, organização cultural e de voluntariado, com a presença de três jovens voluntários estrangeiros.
O projeto consistia na visualização de pequenos filmes realizados por jovens universitários da Turquia. Os filmes pretendiam alertar para questões de desigualdade de género e de violação dos direitos humanos.
O primeiro filme começava com uma mulher a subir as escadas e com um homem que não permitia que ela o fizesse de sua livre vontade. Interpretei esse momento como se a mulher quisesse seguir em frente na sua vida e não conseguisse por ter sempre o homem a puxá-la e a impedir que o fizesse. Quando os dois chegaram a uma sala de jantar, em que estavam presentes outras mulheres e homens, sentaram-se em lugares destinados a cada um deles e que obedeciam a uma ordem. Durante a refeição, comiam o mesmo alimento nas mesmas proporções e ao mesmo tempo. Nada falhava, tudo tinha uma regra. No entanto, a mulher do início do filme começou a fazer as coisas de um modo diferente, o que as outras pessoas consideravam fora do normal. A partir desse momento aconteceram várias situações que nos remetem não só para a violência de género como também para a violência entre o mesmo género. Primeiro, vimos uma mulher que começou a lutar com a vítima e a tentar que ela se comportasse de forma igual a si – começou por lhe vestir uma roupa igual à que tinha no corpo e também por lhe fazer o mesmo penteado que usava. Como a vítima não se moldou a esse comportamento, o homem teve comportamentos violentos para com ela. Perante isto as mulheres que assistiam viraram as costas, tal como a nossa sociedade faz. A mulher vítima foge para um quarto, e o filme acaba com a mulher a ser perseguida por uma luz.
Comparando com a nossa sociedade, concluímos que as pessoas que não seguem as regras e que fogem às normas sociais são criticadas e vítimas de abusos, quer verbais, quer físicos ou psicológicos.
O segundo filme contava a história de vida de uma rapaz que vivia numa fronteira da Turquia e que para sobreviver precisa de apanhar alcaparras num campo minado, sujeito a ficar ferido ou até mesmo perder a sua vida. Quando vi o filme achei completamente desumana esta situação!
No terceiro filme, tivemos a oportunidade de ver a adaptação de uma mulher transexual numa determinada sociedade. Ao início foi muito complicado e acabou por sofrer atos de discriminação, mas no fim ela já era aceite sem qualquer problema.
Concluindo, penso que estes filmes retratam situações dos nossos dias, em que pessoas muitas vezes são discriminadas e alvo também de preconceitos. Também tivemos a oportunidade de observar as dificuldades que jovens como nós têm para conseguir sobreviver.
Temos cada vez mais motivos para destruir estas barreiras de preconceitos que não fazem qualquer sentido!


Margarida Henriques, nº16, 9º B

quinta-feira, 14 de abril de 2016

  Pena de Morte, violação do direito à vida?
Foi publicado o relatório anual da Amnistia Internacional sobre a pena de morte e os números apontados obrigam-nos a reflectir sobre o valor da vida humana: 1.634 pessoas executadas pelos seus próprios Estados.
No ano de 2015 verificou-se um enorme aumento da aplicação da pena de morte. Os cinco maiores executores no mundo em 2015 foram a China, o Irão, o Paquistão, a Arábia Saudita e os Estados Unidos.
Muitos países, incluindo a China, o Irão e a Arábia Saudita, aplicam a pena capital a crimes como narcotráfico, corrupção, “adultério” e “blasfémia” que não integram os padrões legais internacionais de “crimes mais graves” e aos quais se restringe o recurso à pena de morte de acordo com a legislação internacional.
Os métodos de execução usados no mundo são a decapitação, enforcamento, injeção letal e fuzilamento.
Apesar deste quadro tão negativo, há a registar também algumas boas notícias: em 2015 quatro países aboliram a pena de morte verificando-se que o número de países abolicionistas são já 104.
 Portugal aboliu a pena de morte para crimes civis em 1867. Este gesto, pioneiro, foi elogiado pelo escritor francês Vitor Hugo: “Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal.”
Isto é algo de que nos devemos orgulhar!